Com a demolição das barracas por decisão Justiça Federal há 23 dias, a segurança na orla diminuiu e a ação de viciados passou a ser cada vez mais percebida na região. A situação pode ser notada nos trechos da orla na Pituba, Rio Vermelho e Amaralina.
DROGAS O itinerário do vício é descrito por banhistas e pessoas que continuam trabalhando na orla de Itapuã após a demolição das barracas, que estavam construídas em terrenos de marinha. Para fumar o crack os viciados se encontram ao cair da tarde em uma rocha encravada na água, atrás da igreja de Itapuã, conhecida como Pedra da Gudia. Moradores dizem que de lá, o grupo se divide em dois bandos para furtar e espalhar o medo a quem por ali passa. Seus alvos geralmente são mulheres e turistas desavisados.
Um casal de banhistas, apressado em sair da água ao escurecer, acrescenta: "Sem barraca, a praia ficou um deserto. Quem fica depois das 18 h está pedindo para ser roubado."
A delegada Cristina Inocêncio, titular da 12° Delegacia, em Itapuã, confrontou o cenário de queixas. "Na realidade, a gente tem visto justamente o contrário. O número de ocorrências relacionadas a furto ou violência na orla diminuiu 70% com a retirada das barracas."
Segundo ela, os finais de semana na delegacia estão "muito mais tranqüilos" com a orla vazia, já que os furtos e a violência provinham das barracas, alvos habituais dos sacizeiros.
POINTS DO PERIGO
- Praia de Itapuã Sem barracas para furtar, o lavo agora são os pescadores e turistas.
- Praia de Piatã Protegidos pela noite, tarados aproveitam para atacar. Praia? Só até 18 h.
- Praia dos Artistas Ausência de barraqueiros e vento forte são o cenário perfeito para o ladrão aprontar arte.
- Amaralina Viciados dormem na praia, entre colchões e cachorros. Escureceu, saia.
- Rio Vermelho As praias viraram abrigo para os drogados e moradores de rua no Centro de Artesanato embargado pela Justiça.
- Barra polícia, prefeitura e iluminação ajudaram a isolar os viciados. É bom evitar as ruas internas.
Informações Correio*
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